Editorial
O poder da imagem, do texto
Certamente entre os trabalhos recentes do Diário Popular mais lidos e compartilhados, a reportagem sobre o casal Diná e Tenente, que ficou duas semanas sem energia elétrica, em uma escuridão provocada pela falta de luz e também de informação, tornou-se tão simbólica do drama de moradores da Zona Sul desatendidos pela concessionária de energia por conta de dois elementos simples: texto e imagem. Ao bater o olho na capa do Jornal, ilustrada pela fotografia de Carlos Queiroz, dificilmente alguém ficou indiferente. E, ao ler a matéria escrita por Lucas Kurz, completou-se aquilo que não cabia nos cliques de Queiroz. O leitor pôde sentir-se parte do cotidiano dos idosos, em uma casa simples do Areal Fundos.
Não é a primeira vez que uma foto vira ícone sobre tema importante de Pelotas ou Zona Sul tratado nas páginas do DP. Pelo contrário. São incontáveis os exemplos na história do Jornal de imagens que, unidas aos textos, colocam sob a vista de milhares de pessoas um tema esquecido, pouco tratado ou, ainda, que precisava de olhar diferenciado e plural. O que já resultou, inclusive, em diversos prêmios aos fotojornalistas Queiroz e Jô Folha, bem como a repórteres que aqui publicam seus textos. Embora prêmios não sejam o objetivo final, não deixam de reforçar a relevância do papel dos profissionais, seus olhares, sensibilidade e competência.
O poder do jornalismo feito através de textos e imagens é o que move o DP, obviamente, mas está também na atividade de muitos outros profissionais da região. Pessoas que atuam cumprindo sua missão de registrar os fatos, inclusive, em assessorias e órgãos públicos. E que, com muita frequência, contribuem também com o Jornal e outros veículos de comunicação. E um exemplo da importância disso está no reconhecimento recebido pelo fotógrafo Michel Corvello, da Prefeitura de Pelotas. Durante a pandemia, como tantos repórteres e fotojornalistas que estiveram em atividade registrando os fatos, ele capturou o momento em que o cacique da aldeia Kaingang Gyró, no interior da cidade, recebeu agentes de saúde com a vacina contra a Covid-19. A imagem, extremamente marcante de um momento delicado da história do País e de Pelotas, foi premiada esta semana no concurso Olhares da Filantropia, promovido pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas, em São Paulo. Um aplauso merecido a quem faz parte do esforço diário de tantos para documentar e noticiar.
Profissionais como Queiroz, Folha, Corvello e todos aqueles que, no DP ou outras empresas e órgãos públicos, fazem da fotografia e do texto ferramentas de conscientização e informação precisam ser constantemente valorizados e exaltados. Sem suas imagens e reportagens, a escuridão predominaria.
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